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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Dendrocronologia Forense

A ciência que analisa e interpreta o crescimento anual dos anéis das árvores designa-se por dendrocronologia. O termo provém do grego dendron (que significa árvore), crono (tempo) e logos (conhecimento).
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O interesse por esta temática remonta à Antiguidade, mais concretamente a Theophrastus (370 a.C) discípulo de Aristóteles que, num dos seus livros intitulado “Investigando as plantas”, descreve os anéis das árvores, afirmando que existia uma relação entre os mesmos e o meio ambiente.  
No Renascimento, Leonardo da Vinci (1651), uma das mentes mais brilhantes da história, pensou em utilizar os anéis das árvores para reconstruir o passado. Sugeriu que a largura dos anéis estava relacionada com a presença da água no ambiente e propôs um método para reconstruir o clima do passado.
Em 1904, Douglass, natural do Arizona, que viria a ser considerado o “pai” da dendrocronologia, recorreu a ela para a datação das famosas ruínas índias espalhadas por todo o sudoeste americano (Worbes, 2002).
Quando observamos o corte transversal do caule de uma árvore, verificamos a existência de sucessivos anéis concêntricos de diferentes tonalidades e espessuras, os designados anéis de crescimento. Durante a primavera, a abundância de água faz com que o diâmetro das células aumente e, por consequência leva à formação de um anel claro (a distância entre as paredes celulares dá uma aparência mais clara). Durante o verão (devido à secura) as células são mais pequenas, logo as paredes celulares estão mais próximas e por isso o anel formado parece mais escuro. A espessura de cada anel está relacionada com as condições climáticas, pelo que a mesma espécie poderá ter engrossamentos mais rápidos devido à água e à radiação solar abundantes (e o reverso também é verdadeiro). Um par de anéis, claro e escuro, corresponde ao crescimento da árvore, em diâmetro, durante um ano.
Wook.pt - Slice Through Time
A relação entre os anéis e as condições ambientais, faz com que os anéis funcionem como arquivos naturais que nos permitem identificar e datar um grande número de acontecimentos ambientais entre os quais, geadas, inundações, furacões, incêndios, sismos, erupções vulcânicas, pragas, aumentos de concentrações de CO2 atmosférico, etc (Cook & Kairiukstis, 1990).
A dendrocronologia desdobra-se em diferentes ramos, nomeadamente: a dendroclimatologia (utiliza as informações sobre a espessura, densidade e o tipo de compostos presentes nos anéis, para reconstruir paleoclimas, compreender as alterações climáticas que têm vindo a ocorrer no planeta e prever a resposta da floresta ao clima futuro); a dendroglaciologia (ajuda a estudar e datar a atividade dos glaciares); a dendroecologia (analisa padrões, o tamanho e a densidade dos anéis para entender melhor que relações bióticas e que fatores abióticos influenciaram o crescimento das árvores e assim reconstituir a história da floresta); a dendropirocronologia (utiliza as marcas deixadas pelos incêndios nos anéis, para obter uma sequência cronológica e abrangência espacial dos mesmos); a dendrohidrologia (identifica e estuda alterações nos níveis dos corpos de água); a dendrogeomorfologia (procura compreender as alterações ocorridas nas paisagens devidas a deslizamentos, movimentos de dunas, atividade eólica, sismos, vulcões e fenómenos cósmicos) e a dendroarqueologia (estuda a sequência de anéis presentes em artefactos arqueológicos, habitações, pinturas em madeira e estruturas de combustão para construir uma cronologia que permita datar com precisão o contexto arqueológico (Schweingruber, 2007).

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

António Damásio, o neurocientista das emoções


António Damásio tornou-se com evidência um dos grandes nomes da medicina mundial. Profícuo investigador no campo da neurociência, emergiu como providencial na abordagem ao processo decisional pelo qual o ser humano passa inúmeras vezes. Nesse caminho de quase cinco décadas, foram várias as empreitadas científicas que contaram com este cunho luso. Reverente perante a arte e irreverente no estudo da humanidade, Damásio consolida-se hoje como um dos mais importantes pensantes no cruzamento da psicologia social com a medicina investigativa e ativa.

António Rosa Damásio nasceu a 25 de fevereiro de 1944 em Lisboa. A sua formação decorreu na Universidade de Lisboa, licenciando-se e doutorando-se em Neurologia. As suas pesquisas foram inicialmente desenvolvidas no Centro de Estudos Egas Moniz, em particular no laboratório de investigação da linguagem. Para estender o alcance das suas pesquisas, emigrou com a sua esposa e também neurocientista Hanna Damásio para os Estados Unidos e firma-se como investigador do Centro de Pesquisas da Afasia de Boston, tendo depois integrado a Universidade de Iowa no Departamento de Neurologia do Comportamento e Neurociência Cognitiva. Para além desta unidade, também fez parte do Centro de Investigação da Doença de Alzheimer da mesma universidade.

Nas suas investigações, Damásio destaca-se por propor um grupo de hipóteses inovadoras quanto ao funcionamento do cérebro, baseando-se para isso no estudo do comportamento de doentes com lesões cerebrais. Assim, desenvolveu trabalhos de pesquisa onde analisa as consequências de uma lesão nos lobos pré-frontais num acidentado em 1848. É neste âmbito que surge o caso de Phineas Gage, operário cujo cérebro fora perfurado por uma barra de metal e sobrevivendo a este incidente, que perde a capacidade de tomar decisões e que vê as suas emoções alteradas. Neste, confirma-se que os processos cognitivos em pleno funcionamento não são suficientes para que se garantam comportamentos sociais e pessoais equilibrados. Assim, enquanto processos como a memória, a perceção ou a inteligência são estudados e posicionados, ampliam-se os horizontes do estudo de António Damásio, em que se vai além da envolvência pessoal e social do comportamento.

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Kandinsky e a essência da arte


Nascido a 4 de Dezembro de 1866, Wassily Kandinsky, um dos grandes pintores de todos os tempos, começou por estudar direito. Apesar de desde sempre as artes lhe despertarem experiências intensas, só perto dos seus 30 anos, quando partiu para Munique, é que começou a explorar a pintura, chegando, anos mais tarde, a professor da Bauhaus.

Ao longo dos seus 78 anos de vida, além do seu papel ativo no universo da pintura e exposições, Kandinsky teorizou com muita regularidade sobre a arte em várias revistas e jornais e chegou mesmo a editar livros em nome próprio, entre eles, “Do Espiritual na Arte” , “ Ponto, linha, plano” e “Gramática da Criação”. Nesses livros é explícita a sua forma de ver não só a pintura, mas também a arte em geral e a educação cultural e artística.

Nascido a 4 de Dezembro de 1866, Wassily Kandinsky, um dos grandes pintores de todos os tempos, começou por estudar direito. Apesar de desde sempre as artes lhe despertarem experiências intensas, só perto dos seus 30 anos, quando partiu para Munique, é que começou a explorar a pintura, chegando, anos mais tarde, a professor da Bauhaus.

Ao longo dos seus 78 anos de vida, além do seu papel ativo no universo da pintura e exposições, Kandinsky teorizou com muita regularidade sobre a arte em várias revistas e jornais e chegou mesmo a editar livros em nome próprio, entre eles, “Do Espiritual na Arte” , “ Ponto, linha, plano” e “Gramática da Criação”. Nesses livros é explícita a sua forma de ver não só a pintura, mas também a arte em geral e a educação cultural e artística.
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Exposição ‘Na Praia’ é inaugurada hoje com 26 obras de Paula Rego


A exposição “Na Praia“, com 26 obras que percorrem uma década de criação da pintora Paula Rego, partindo da peça com o mesmo nome que entrou no acervo da Casa das Histórias, é inaugurada hoje, em Cascais.
De acordo com a Casa das Histórias Paula Rego, a exposição vai estar patente até 26 de Fevereiro de 2017, parte do acrílico sobre tela “On the Beach” (“Na Praia”), criado em 1985, e apresentado em Outubro deste ano em Londres, na feira de arte Frieze Masters.
A peça foi recentemente depositada pelo proprietário, um coleccionador particular português, na Casa das Histórias Paula Rego, passando a integrar o seu acervo, revelou à agência Lusa a curadora da exposição, Catarina Alfaro.
A partir desta obra, a Casa das Histórias decidiu apresentar a exposição “Na praia/On the beach“, que dá a conhecer um ideário narrativo e imagético de cerca de uma década de criação da artista, os anos 1980.
Nesta década, Paula Rego encontrou uma linguagem visual radicalmente nova para contar as suas histórias, criando um universo ambíguo e complexo de interacção entre seres humanos, animais, vegetais e híbridos.
A década de 1980, na vida de Paula Rego, é marcada por eventos significativos, como o estabelecimento definitivo da sua família em Londres, no Reino Unido, dando início a um novo ciclo.
Em 1983, a artista começa a colaborar com a Slade School of Fine Art, enquanto professora convidada e, cinco anos depois, em 1988, realiza a sua primeira grande exposição individual na Serpentine Gallery (Londres).
Este é, no entanto, o mesmo ano de um evento trágico na vida da pintora, pois o marido, também artista, Victor Willing, morre de esclerose múltipla, após longo período de doença.
Também até 26 de Fevereiro, vai continuar patente a exposição “Old Meets New“, também da artista, na Casa das Histórias Paula Rego.
Texto de Lusa
fonte: Comunidade Cultura e Arte 

 

Soares dos Reis, um dos principais rostos das belas artes em Portugal

António Soares dos Reis foi um dos principais rostos das belas artes portuguesas. O seu papel emerge como determinante na afirmação da escultura lusitana, tornando-se um dos mais irreverentes artistas da sua geração. Com raízes nortenhas, foram nestas terras que as suas obras ganharam uma aparência de vida quase incomparável. A sensibilidade impregnada nos rostos e volumes desenvolvidos ficou assegurada como um aspeto que concedeu a Soares dos Reis o estatuto de lenda. Para isso, comprova-se toda a influência que se proliferou nos dois lados da foz do Rio Douro, dando nome e arte a cidades com história e encantos de memória.

António Manuel Soares dos Reis nasceu em Mafamude, Vila Nova de Gaia, a 14 de outubro de 1847. Não obstante ser educado de forma austera, acompanhando o seu pai na função de merceeiro, nunca escondeu o seu apetite pela criação e pela inovação, até nos embrulhos dos quais nascem desenhos. À revelia do pai, talhava bonecos em madeira e modelava santinhos de barro que colocava no seu quintal ao Sol para a sua cozedura. Estes foram valorizados pelo seu vizinho e também artista Diogo de Macedo, que, ao lado do também pintor Francisco de Resende, convenceu o progenitor de Soares a que o seu filho se movesse de engenhos e de ideias para então Academia Portuense de Belas Artes. Sob a tutela do mestre João António Correia, concluiu o curso três anos depois, em 1866, colhendo prémios em desenho, arquitetura e escultura. No decorrer desse período letivo, e para ajudar a consolidação da sua formação humana e artística, viveu em Paris e Roma como bolseiro, cidades europeias em eternas convulsões sociais e criativas. Na primeira, foi discípulo do francês Jouffroy frequentou a École Imperiale et Speciale des Beaux Arts, conquistando mais prémios e notabilizando-se entre os seus colegas como o “voleur des prix” (ladrão de prémios), mesmo sem nunca se dar à folia parisiense.  Toda esta bagagem valeu-lhe influências proeminentes na sua personalização como autor de esculturas, dando origem a diversas e futuras gratificações à sua pessoa na cidade do Porto, fundamentando a atribuição da bolsa ao artista. No seu regresso, devido à guerra Franco-Prussiana, foi recambiado para Itália, em virtude da extensão do seu período como bolseiro no estrangeiro e para conhecer os grandes clássicos da arte.

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Portugal está entre os países europeus com maior número de crianças obesas

A obesidade infantil é atualmente considerada a pandemia do século XXI, sendo a segunda principal causa de morte que se pode prevenir, apenas precedida pelo tabaco, e Portugal é um dos países europeus com mais crianças afetadas por este problema. Torna-se, por isso, fundamental preparar os profissionais de saúde para combater este problema desde o início de vida. Neste âmbito, o Instituto de Ciências da Saúde, da Universidade Católica Portuguesa, lança, em Lisboa, a pós-graduação Nutrição em Pediatria, que decorre entre janeiro e novembro do próximo ano.
Com inscrições abertas até 18 de janeiro, o curso dirige-se a profissionais de saúde de diferentes áreas pois, segundo Ana Isabel Lopes, que juntamente com Fernando Coelho Rosa coordena o curso, “esta pós-graduação destina-se tanto a pediatras como a médicos de medicina geral e familiar, obstetras, nutricionistas, enfermeiros e farmacêuticos, tendo como principal objetivo a promoção da saúde e do bem-estar geral da criança e da sua família, pretendendo não só alargar o conhecimento e as medidas práticas em aspetos mais especializados, como também promover o desenvolvimento da investigação clínica nesta área da saúde”.
O corpo docente desta pós graduação conta com uma vasta experiência clínica e um grande conhecimento académico que, no decorrer do curso, será partilhado em temas como: a nutrição materno-infantil, avaliação e intervenção em idade pediátrica, nutrição da infância à adolescência e risco nutricional e nutrição na doença pediátrica.
Para mais informações podes consultar o site do Instituto de Ciências da Saúde de Lisboa.

fonte: Comunidade Cultura e Arte 

 

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Ecos de uma revolução falhada

Na Galeria da Avenida da Índia, RED-Africa – Things Fall Apart resgata e problematiza algumas das narrativas do comunismo no continente africano. Para lembrar e pensar acontecimentos e promessas que marcaram a segunda metade do século XX.

Homens e mulheres de várias nacionalidades e etnias conversam entre sim, sorriem. E dançam, tomados por uma alegria genuína, de mãos dadas e braços entrelaçados. A atmosfera é de festa, de amizade, mas o espectador pode duvidar. O que tem diante de si são imagens de arquivo, produzidas na URSS nos anos 60, que o artista Alexander Markov editou para o seu filme Our Africa (2016). Sabemos o quanto as imagens podem ser enganadoras e a que as de propaganda são mentirosas. Mas aqueles homens, aquelas mulheres não parecem estar a fingir. Estão a exprimir afectos, bons sentimentos. Estão? A história é um lugar complexo, feito de histórias e memórias distintas, por vezes contraditórias, irreconciliáveis.
E é nesse mundo que RED-Africa – Things Fall Apart nos coloca. Patente até 12 de Março na Galeria da Avenida da Índia, esta exposição, comissariada por Mark Nash tem uma finalidade: reflectir sobre as realidades sociais e políticas do mundo comunista ou pós-comunista contra um pano de fundo que o espectador português reconhecerá: África. A sua narrativa é a da segunda metade do século XX e, com o auxílio dos artistas e das obras, traz ecos e ruínas de um projecto político que, como todos os projectos políticos, não resistiu à imprevisibilidade que caracteriza as acções humanas. O título remete para essa condição efémera das “obras” dos homens, citando o livro homónimo do escritor nigeriano Chinua Achebe (datado de 1958) que lidava com a devastação produzida pelo colonialismo europeu no continente africano.
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E pela primeira vez viu-se o espectro de luz de um átomo de antimatéria

Experiências decorreram no Laboratório Europeu de Física de Partículas, em Genebra.
Pela primeira vez, conseguiu-se observar o espectro de luz de um átomo de antimatéria – um anti-hidrogénio, anunciou esta segunda-feira o Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN), em Genebra, Suíça, onde decorreram as experiências.
Publicado na revista Nature, este resultado baseia-se em desenvolvimentos tecnológicos que vêm abrir a porta a uma era completamente nova de investigação de alta precisão da antimatéria, sublinha o comunicado do CERN, organização de que Portugal faz parte. “É o resultado de mais de 20 anos de trabalho da comunidade da antimatéria no CERN.”

Primeiro, algumas explicações sobre matéria e antimatéria. Os átomos têm electrões em órbita dos seus núcleos. Quando os seus electrões saltam de uma órbita para outra, absorvem ou emitem radiação num comprimento de onda específico, formando o espectro do átomo. Cada elemento tem o seu próprio espectro, daí que a espectroscopia seja uma ferramenta usada em muitas áreas da física, da astronomia e da química, explica-se no próprio comunicado do CERN: “Ajuda a caracterizar átomos e moléculas e os seus estados internos. Por exemplo, na astrofísica a análise do espectro de luz de estrelas distantes permite aos cientistas determinar a sua composição.”
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Afinal, qual é o mistério da sonoridade dos Stradivarius?

Tem havido muitas especulações sobre o que distingue o som dos famosos violinos. Parece que a idade, o tratamento químico e as vibrações são parte do seu enigma.

Já só de ouvirmos a palavra “Stradivari” parece surgir uma melodia divinal vinda de um violino. Pois é, quase involuntariamente associamos os violinos fabricados por Antonio Stradivari a uma qualidade musical acima da média. Como tal, ao longo da história têm surgido as mais vastas teorias, mais ou menos afinadas, sobre a composição do material do violino. Surgem agora novos resultados sobre a constituição dos Stradivarius, num estudo coordenado por Hwan-Ching Tai, do Departamento de Química da Universidade Nacional de Taiwan, publicado esta segunda-feira na revista norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Resumindo, os Stradivarius têm composições orgânicas e inorgânicas distintas dos violinos mais recentes.
Foi em Cremona, uma cidade do Norte de Itália, que se deu a invenção do violino tal como o conhecemos hoje. O primeiro grande fabricante de violinos foi Andrea Amati. Foi ele quem inaugurou uma época de ouro no fabrico de violinos, seguindo-se-lhe nomes como Giuseppe Guarneri ou Antonio Stradivari. E paramos aqui. Antonio Stradivari merece uma pausa.

Este italiano viveu entre 1644 e 1737 e estima-se que tenha fabricado mais de mil violinos. Além da quantidade, Stradivari destacou-se também pela qualidade dos instrumentos que construiu. Além da sonoridade distinta, calcula-se que os violinos de Stradivari sejam resistentes ao longo do tempo. Ainda chegaram até nós cerca de 600, que atingem valores de mercado consideráveis. Alguns chegaram a valer quase cinco milhões de euros.
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Startup de Coimbra mostra que a agricultura também se faz com código e sensores 

CoolFarm é uma tecnologia eficiente que permite controlar o crescimento e saúde das plantas a partir do ecrã de um computador. A startup prepara agora a comercialização do produto no mercado nacional e internacional.

Uma startup de Coimbra desenvolveu o CoolFarm, um sistema de controlo aplicado a estufas, que pretende ajudar a agricultura a ser mais eficiente, através de código, inteligência artificial e sensores que percepcionam o crescimento e saúde das plantas.
“Antigamente regava-se e esperava-se pelo melhor, fertilizava-se e esperava-se que estivesse tudo bem. Hoje, com mais conhecimento, a agricultura larga a enxada da mão e abraça as potencialidades que advêm da tecnologia, que permite a um produtor "perceber melhor o que as plantas precisam", disse à agência Lusa a bióloga da CoolFarm, Sabrina Carvalho.
Foi a pensar nessa evolução da agricultura, com um cada vez maior uso de estufas horizontais e verticais, que o CoolFarm foi desenvolvido para ajudar os agricultores a produzirem com "precisão", através de sensores ópticos, computadores industriais, software de inteligência artificial e ligação à internet.

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História de jesuítas portugueses vista por Martin Scorsese

O novo filme do norte-americano Martin Scorsese "Silêncio", que o realizador esperou quase 20 anos para concretizar, acompanha os padres jesuítas portugueses perseguidos durante a missão no Japão, no século XVII.
 
Baseado no romance homónimo do japonês Shusaku Endo, publicado em 1966, o filme estreia nos Estados Unidos na sexta-feira e a 19 de janeiro em Portugal.
 
Dois missionários jesuítas portugueses - Sebastião Rodrigues (Andrew Garfield) e Francisco Garrpe (Adam Driver) - viajam para o Japão em busca do mentor padre Cristovão Ferreira (Liam Nesson) que, sob tortura, terá renunciado a Deus.

Em território nipónico, sob o xogunato de Tokugawa Ieyasu, que baniu o catolicismo e quase todo o contacto com os estrangeiros, os dois jovens religiosos testemunham a perseguição dos japoneses cristãos pelas autoridades.

O par acaba por se separar e Rodrigues viaja para o campo, questionando o silêncio de Deus perante o sofrimento dos fiéis.

O jesuíta norte-americano James Martin, consultor de Scorsese e de toda a equipa "nas questões dos jesuítas" - o que faria, diria e pensaria um jesuíta em determinadas situações -, afirmou que o filme "é esmagador e muito comovente", mesmo que não se seja crente.

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domingo, 18 de dezembro de 2016

Morreu Zsa Zsa Gabor

Morreu, aos 99 anos, a atriz de origem húngara Zsa Zsa Gabor. De acordo com o site TMZ, a nonagenária, cuja situação clínica era desde há muito delicada, sofreu este domingo um ataque cardíaco e acabou por não resistir.

Recordada pela participação em filmes como “Moulin Rouge”, de John Huston (1952), “O inimigo público número um”, de Henri Verneuil (1953) ou “A sede do mal”, de Orson Welles (1958), a atriz e a irmã, Eva, foram durante várias décadas o rosto da socialite de Beverly Hills.

O estado de saúde de Zsa Zsa Gabor tinha vindo a deteriora-se nos últimos anos. Em 2011, depois de ficar em coma, a atriz foi submetida a uma cirurgia ao estômago e teve uma das pernas amputada. Em 2012, voltaria ao hospital para travar uma batalha contra uma infeção grave.

Com uma situação clínica reservada, o marido da atriz, Frederic Prinz Von Anhalt, que durante os últimos anos organizou as festas de aniversário de Zsa Zsa Gabor, já não permitiu que os amigos a visitassem em casa. Acabaria por morrer este domingo, a poucos meses de completar 100 anos, em fevereiro.

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O cais e o barco revelados pelas obras no Campo das Cebolas

Desde setembro, já foram retirados 900 contentores de achados, a maior parte material de construção, mas também cerâmica e material do século XVI. Mas o que mais chama a atenção é um antigo cais e um barco

Um cais pombalino, cerâmica e duas embarcações são alguns dos achados arqueológicos que preenchem os 900 contentores retirados da obra do Campo das Cebolas, em Lisboa, trabalhos que os cidadãos podem acompanhar em visitas uma vez por semana.

As visitas decorrem à sexta-feira de manhã, em grupos de não mais de 15 pessoas que são convidadas a conhecer mais sobre o local que já foi um antigo cais pombalino e que está escondido atrás dos taipais da obra a cargo da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL).

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Equipa portuguesa descobre composto químico para combate à leucemia em crianças

Os investigadores descobriram que um composto químico a ser testado para um tipo de cancro pode ser também eficaz no combate a uma leucemia frequente em crianças.

O composto, com a designação técnica de CX-4945, está a ser testado, em ensaios clínicos, no tratamento do mieloma múltiplo (cancro da medula óssea).

A equipa liderada pelo cientista Bruno Silva-Santos, do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa, descobriu que o uso deste composto pode ser eficaz no tratamento da leucemia linfoblástica aguda de linfócitos T, um cancro do sangue agressivo e frequente em crianças.

Os linfócitos T são um grupo de glóbulos brancos, células do sangue responsáveis pela defesa do organismo contra agentes agressores. No caso da leucemia linfoblástica aguda de linfócitos T, os linfócitos T geram, eles próprios, cancro.

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Universidade do Algarve descobre composto para tratar cancro

Investigadores do Centro de Investigação em Biomedicina da Universidade do Algarve descobriram um novo composto químico que pode ser usado para o tratamento do cancro e para combater o envelhecimento.

Segundo o coordenador de projeto, Wolfgang Link, o novo composto - cuja função é ativar uma proteína que, nas células cancerígenas, está deslocada do seu local de origem - pode ser o primeiro passo para desenvolver um fármaco para tratamento de certos tipos de cancro, em alternativa à quimioterapia clássica, que é mais tóxica e pode causar mais efeitos secundários.

"Nós prevemos que este tipo de tratamento é especialmente eficaz nos cancros em que [a proteína] Foxo está fora da sua localização, como o cancro da mama ou da próstata", explicou o investigador, sublinhando que foram testados 500 diferentes compostos até se conseguir encontrar um que tem a função de realocar a proteína no núcleo das células.

Bibiana Ferreira, que também participou no projeto, observou que o que esta investigação traz de novo ao que já se sabia "é exatamente a descoberta de um novo composto que atua como um gene supressor de tumor", gene que, normalmente, numa célula cancerígena, está "sequestrado" no citoplasma.

Portuguesa recebe uma das principais bolsas do mundo

Uma investigadora da Universidade do Minho recebeu a bolsa NARSAD, "uma das mais prestigiadas" na investigação em saúde mental, e pretende identificar novos biomarcadores do declínio cognitivo inerentes ao envelhecimento, neurodegeneração e exposição ao stress crónico, anunciou aquela instituição.

Em comunicado enviado esta segunda-feira à agência Lusa, a academia minhota explica que a bolsa atribuída a Neide Vieira, de 32 anos e a o pós-doutoramento no Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde (ICVS), na Escola de Medicina da Universidade do Minho, em Braga, distingue os jovens investigadores "mais promissores do mundo" naquela área de estudo.

Segundo o texto, a investigadora pretende "apoiar novas estratégias para prevenir, retardar e reduzir" o declínio cognitivo.

"Os mecanismos moleculares subjacentes ao envelhecimento e a doenças associadas, como as neurodegenerativas, não são ainda completamente conhecidos. Acredita-se que se prendam em parte com a desregulação do equilíbrio proteico no interior das células, ou seja, que diferentes proteínas se apresentem em maior ou menor quantidade, conduzindo a uma disfunção celular", explica a investigadora no texto.
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Arte da falcoaria em Portugal declarada Património da Humanidade

A decisão foi hoje tomada durante a reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que decorre até sexta-feira, em Adis Abeba, na Etiópia, anunciaram os promotores da candidatura.

Inicialmente era esperada a classificação na quarta-feira, tendo a decisão sido adiada para hoje.

A candidatura foi apresentada, em 2015, à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), pela Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, no distrito de Santarém, em parceria com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERT-AR), a Universidade de Évora e a Associação Portuguesa de Falcoaria.

A falcoaria entrou para a Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da UNESCO em 2010, na sequência de uma candidatura liderada por Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), que, pela primeira vez na história da organização, juntou 11 países - Bélgica, República Checa, França, Coreia, Mongólia, Marrocos, Qatar, Arábia Saudita, Espanha, Síria e Emirados Árabes Unidos.

Em 2012, a UNESCO estendeu o reconhecimento de Património da Humanidade à falcoaria praticada na Áustria e na Hungria, tornando-se Portugal o 14.º país a ver reconhecida a importância desta prática.

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Barro preto de Bisalhães é património da Unesco

O processo de fabrico do barro preto de Bisalhães, em Vila Real, foi hoje inscrito na lista do Património Cultural Imaterial que necessita de salvaguarda urgente da Unesco, anunciou fonte do município.

A decisão foi tomada hoje, durante a 11.ª reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, que está a decorrer em Adis Abeba, capital da Etiópia.

A Câmara de Vila Real avançou com a candidatura do processo de fabrico do barro negro de Bisalhães à lista do património cultural imaterial que necessita de salvaguarda urgente, precisamente por esta ser uma atividade em vias de extinção.

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Coisas que o mundo inteiro deveria aprender com Portugal

Portugal é um país muito mais equilibrado do que a média e é muito maior do que parece. Acho que o mundo seria melhor se fosse um pouquinho mais parecido com Portugal.
Dentre as coisas que mais detesto, duas podem ser destacadas: ingratidão e pessimismo. Sou incuravelmente grata e otimista e, comemorando quase 2 anos em Lisboa, sinto que devo a Portugal o reconhecimento de coisas incríveis que existem aqui- embora pareça-me que muitos nem percebam.
Não estou dizendo que Portugal seja perfeito. Nenhum lugar é. Nem os portugueses são, nem os brasileiros, nem os alemães, nem ninguém. Mas para olharmos defeitos e pontos negativos basta abrir qualquer jornal, como fazemos diariamente. Mas acredito que Portugal tenha certas características nas quais o mundo inteiro deveria inspirar-se.

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domingo, 27 de novembro de 2016

Time Out City Index – Lisboa eleita a cidade mais vibrante da Europa

Chicago alcançou o primeiro lugar do ranking das cidades mais vibrantes, seguida de Melbourne, Lisboa e Nova Iorque. Esta lista foi divulgada através do Time Out City Index, um questionário ao qual responderam 20 000 pessoas, espalhadas por 18 cidades, e que avalia o que promove (ou não) uma cidade quando se trata do que podemos fazer para tirar partido dela nas seguintes dimensões: comer & beber, inspiração, dinamismo, comunidade, acessibilidade de preços e sociabilidade.

Chicago obteve as pontuações mais altas não só em termos gerais, mas também no que toca a restaurantes, bares, bairros e acessibilidade de preços. Mais do que em qualquer outro sítio, esta é a cidade onde os habitantes conseguem ter uma conversa agradável com um estranho, marcar encontros românticos e desfrutar de um óptimo equilíbrio entre a vida social e o trabalho.

Melbourne conseguiu o segundo lugar, mas ficou à frente de outras cidades no que diz respeito à qualidade de vida: 58% das pessoas disseram que é um sítio bom para se viver e 3/4 adoram morar no que disseram ser uma cidade inspiradora. Nova Iorque surgiu em quarto lugar, mas em comparação com as restantes é a cidade mais dinâmica e estimulante. Imbatível no que diz respeito à cultura (arte, vida nocturna, estilo ou música), Nova Iorque oferece sempre algo de novo para fazer (foi o que disseram 82% das pessoas), mas é também a que tem o cenário romântico mais difícil (apenas 3% valorizam essa característica em contraste com os 42% da Cidade do México).

E entre Melbourne e Nova Iorque surge Lisboa, que ficou em terceiro lugar e que foi a cidade europeia mais bem classificada do Index.

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sábado, 19 de novembro de 2016

As pessoas mais inteligentes precisam de mais tempo sozinhas

E lidam melhor com o reboliço dos grandes centros urbanos, onde a maioria da população é mais infeliz do que nos meios rurais. As conclusões são um estudo de dois psicólogos evolucionistas que relaciona a inteligência com as experiências sociais e a densidade populacional

A socialização, a partilha e a amizade - três das características que mais nos definem enquanto seres sociais. Mas se parte da nossa felicidade vem da socialização, a ciência veio provar que esta ideia não se aplica em casos de pessoas muito inteligentes.
Dois psicólogos evolucionistas - Norman P. Li, da Singapore Management University, e Satoshi Kanazawa, da London School of Economics and Political Science - chegaram a estes dados depois de estudarem os casos de 15 mil jovens adultos (entre os 18 e os 28 anos).
A proposta do estudo baseia-se na chamada "teoria da felicidade da savana", que tem em consideração não apenas os contextos atuais, mas também as consequências ancestrais no que toca à satisfação dos indivíduos perante a vida - o que procura explicar é a forma como essas consequências ancestrais interagem com a inteligência.

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domingo, 30 de outubro de 2016



Guardian diz que Lisboa pode ser a nova capital tecnológica

A propósito da Web Summit, que se vai realizar na próxima semana em Lisboa, o jornal britânico aponta algumas razões para a capital portuguesa vir a ser a próxima capital tecnológica.
“Sol, surf e rendas baixas: o porquê de Lisboa poder vir a ser a próxima capital tecnológica” é o título da reportagem do The Guardian. O jornal britânico aponta várias razões para que a revolução tecnológica chegue rapidamente a Lisboa, começando pela Web Summit, que se vai realizar entre 7 e 10 de novembro, que poderá valer cerca de 200 milhões de euros à economia da cidade.
Além disso, o evento vai aumentar exponencialmente a reputação da cidade.
 
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Fonte: Jornal I